sábado, 2 de janeiro de 2010

ARROGÂNCIA NA BAND

O âncora do Jornal da Band, Boris Kasoy, demonstrou toda sua arrogância, diga-se de passagem, que é uma conduta típica dos imbecis, ao fazer um comentário desairoso sobre uma matéria levada ao ar no jornal televisivo, por ele mesmo apresentado, no dia primeiro de janeiro próximo passado.

A matéria era uma mensagem de dois varredores de rua, desejando aos brasileiros um Feliz Ano Novo. Pensando que os microfones estivessem desligados, comentou: “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”.

Como o áudio estava sendo transmitido, o vídeo caiu na internet, sendo imediatamente repudiado pelos internautas.

Diante do fato, o jornalista afirmou que errou e que iria se retratar com o público.

E daí, fica só nisso? É simples assim? Então ele usa a televisão, com condições de chegar a todos os lares do país, achincalha toda uma categoria profissional que, diga-se de passagem, é tão respeitável quanto a de jornalista, destilando todo o fel de seu preconceito venenoso e diz apenas desculpe?

É importante não esquecer que a televisão não determina, mas tem um grande poder de influência nas condutas pessoais. Portanto, quem garante que amanhã, outras pessoas não acharão também normal destratar alguns ofícios manuais, por exemplo, e depois pedirem desculpas? Afinal não é com tais comentários que se constrói uma sociedade justa, equânime e solidária.

Isso posto, estou aqui propondo e iniciando uma campanha de oposição ao Jornal da Band, com o boicote dos habituais telespectadores desse programa, desligando ou trocando de canal seus televisores pelo período de um mês. Como os programas existem em função da audiência, que por sua vez representa lucro (e esta linguagem eles entendem), espera-se, em nome do interesse pecuniário, ou da ética profissional que, a partir desse fato, haja uma maior preocupação por parte da produção dos programas televisivos em respeitar a pessoa humana, seja ela médico, professor ou varredor de rua.

Quem concorda, manifeste-se.

Um comentário:

Jacqueline Pinto disse...

É, de fato, lamentável o preconceito que existe contra as atividades produtivas manuais no Brasil.
Gostaria que existisse tanto respeito pelo trabalho manual quanto existe pelo trabalho intelectual, pois ambos contribuem para o fortalecimento da atividade econômica nacional.
Parabéns pela crítica.